Quando a empresa ganha um novo projecto de um novo produto ou componente para um OEM, na qualidade de Tier 1, ou para um fornecedor daquele, sendo então Tier 2 , 3 ou por aí adiante, tem quase sempre pela frente, desafios muito exigentes, em termos de qualidade, custo e prazo. Face às pressões, nomeadamente de prazos, é frequente iniciarem-se as actividades, sem um cuidado planeamento, sem uma gestão do risco adequada, culminando quase sempre em grandes correrias, perturbações e muitas correcções de última hora " apagar fogos" , atrasos, custos acrescidos e por vezes mesmo, penalizações.
Daí a importância de se abordar qualquer novo projecto, respeitando as regras da Gestão de Projectos de acordo com, nomeadamente, os requsitos preconizados no PMBOK-Project Management Book , do PMI-Project Mangement Institute, e muito em particular procurando cumprir as actividades características do planeamento avançado da qualidade, designadamente as preconizadas nos referenciais APQP e PPAP da AIAG-Automotive Industry Action Groupe, ou de outros modelos semelhantes dos vários construtores de automóveis, a nível mundial, muitas vezes vistos como "mais uma obrigação" e raramente como uma abordagem estruturada para o desenvolvimento do projecto, como de facto deve ser.
Uma rigorosa definição de objectivos, a organização da equipa de projecto, a construção do WBS-Work Breackdown Structure, do CBS-Cost Breackdown Structur e do Master Plan, a identificação clara de Milestones internos e dos clientes, uma cuidada gestão de riscos e oportunidades, o plano de comunicação, a criação do "Dash Board", as check-lists de validação, etc são algumas das importantes e fundamentais ferramentas que há que pôr em prática para garantir um projecto bem sucedido. Não basta "realizar o produto", é necessário também Gerir o Projecto.